quarta-feira, 11 de maio de 2011

Origem do Graffiti


 Desde a pré-história que o Homem sente necessidade de se expressar no seu meio e as inscrições ou desenhos em rochas, muros e paredes são usados com vários significados e objetivos desde há muito tempo.
Nos dias que correm, não é difícil para quem circula em algumas áreas das cidades e arredores deparar-se com uma enorme quantidade de figuras verbais e não verbais, de formas mais ou menos elaboradas, feitas ilegalmente (ou legalmente) com tinta spray em locais públicos ou privados, como paredes, muros, junto às vias de circulação e estações de comboios, enfim, um pouco por toda a parte, o graffiti é algo que podemos observar cotidianamente nas áreas urbanas
 A palavra graffiti é de origem italiana e significa "escritas feitas com carvão".
Os antigos romanos tinham o costume de escrever manifestações de protesto com carvão nas paredes de suas construções. Tratavam-se de palavras proféticas, ordens comuns e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes graffitis ainda podem ser vistos nas catacumbas de Roma e em outros sítios arqueológicos espalhados pela Itália.
No século XX, mais precisamente no final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray.
  Para muitos, o graffiti surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música mais ritmo e poesia), o "break" (dança robotizada) e o graffiti (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte. Os artistas do graffiti, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.
             Na Europa, no início dos anos 80, jovens de Amsterdã, Berlim, Paris e Londres passaram a criar seus próprios ateliês em edifícios e fábricas abandonadas. O objetivo era conseguirem um espaço para criarem livremente. Nesses locais, surgiram novas bandas de música, grupos de artistas plásticos, mímicos, atores, artesãos e graffiteiros.
             No Brasil, as primeiras manifestações dessa arte apareceram em 1985 na XVIII Bienal que lançou os primeiros nomes de grafiteiros brasileiros com Zaidler e Alex Vallauri. Desde então, vários artistas brasileiros vêm desenvolvendo projetos sociais em parceria com o governo ou de forma independente, com o intuito de criarem programas que ajudem no desenvolvimento pessoal e no aprendizado de competências básicas para o trabalho e geração de renda, fazendo com que crianças e jovens, independentemente de suas classes, mantenham-se afastados da marginalidade. Esses graffiteiros criam junto às escolas e ONGs, oficinais de graffiti que contam com a participação de crianças e jovens que estão à margem da sociedade.
               Além de poder se expressar nas paredes e muros das cidades, os jovens que fazem parte deste programa, ainda se tornam aptos a expressar sua arte em galerias, nas estampas de camisetas, painéis, e o que mais vier pela frente. Isso faz com que a arte seja democratizada, permitindo aos jovens aprendizes do graffiti, desenvolverem suas capacitações artísticas, e também, a entrarem em contato com outras manifestações, como a música e a cultura.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o graffiti é composto por vários estilos. Em seguida, citarei alguns deles:
 Graffiti 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.
 Bombing: é considerado qualquer tipo de graffiti ilegal. No entanto, quando se fala de bombing ou bomb, fala-se de um graffiti na rua e não se encaixa as definições do criador.



Crew: Grupo de writers (praticante do graffiti), que se une por um objetivo e forma o seu coletivo, as chamadas crews. Que costumam ter nomes extensos, que são abreviados através de siglas, normalmente entre 2 ou 4 letras. Através dessas siglas, algumas vezes são criadas novas definições para o nome da crew. Um writers pode pertencer a várias crews.


Freestyle: Exatamente como o nome. Estilo Livre.



Hall-of-fame: É um graffiti geralmente em paredes legais ou paredes pouco expostas, é mais pensado e mais trabalhado, dando importância não só ao lettering (arte de escrever letras), mas também aos fundos e eventuais characters (personagens encontradas nos graffitis). Quando o hall-of-fame atinge uma proporção considerável, é muitas vezes também chamado de produção. Um espaço onde vários graffiteiros de destaque pintam, e esse muro é renovado é um curto tempo.



Stencil: Molde recortado em cartolina, radiografias, ou outros materiais de maneira a criar formas pré-definidas, encostando esse molde a uma superfície, e passando spray por cima, ficando com as formas subtraídas à cartolina, pintadas na parede.


Trash-train: Normalmente quando os writers (graffiteiros) se referem a trens, utilizam a palavra inglesa train, que se utiliza para trens fora de circulação, que se destinam a abate ou requalificação. Geralmente esses trens são bem fáceis de pintar.

                                                                                            


Throw - up: É provavelmente o tipo de graffiti mais difícil de definir, mas uma possível definição para refere-se qualquer tipo de graffiti que viva só dos contornos e não esteja preenchido. Mais concretamente é a atividade do graffiteiro quando este se limita a assinar paredes.




WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.

3 comentários:

  1. Olá, então estou fazendo um trabalho sobre Grafitti, e gostaria de saber como eu posso entrar em contato com você para aprofundar o assunto.
    Atenciosamente Camilo.

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  2. Eu sou praticamente de Grafitte meu nome é Luis eu sou Angolano eu tenho uma paixão imensa por esta arte que é o Grafitte

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